greve2015

 Em assembleia geral realizada no auditório principal do Câmpus Muzambinho no dia 09 de julho, foi deliberada pelos presentes (16 pessoas assinaram a lista) a participação na greve nacional da base do SINASEFE a partir do dia 30/07 (5ª feira). Cabe pontuar que uma das principais instâncias do SINASEFE, a Plena, encontro deliberativo que congrega seções sindicais e delegados eleitos pela base, já havia decidido pela deflagração da greve nacional para o dia 13/07. No nosso caso, o fato desta data coincidir com o início das férias docentes no IFSULDEMINAS, fez com que postergássemos a data para nossa adesão ao movimento paredista.

Conforme boletim número 01/2015, o governo federal propôs um reajuste de 21,3% divididos pelos próximos 4 anos, com implementação a cada janeiro. O Fórum das Entidades dos Servidores Federais rejeitou com veemência a proposta, por considerá-la aviltante. Como ser conivente com uma proposta que corrói ainda mais o poder de compra dos nossos salários?

A maioria das entidades sindicais da base do ANDES (docentes do magistério superior) e a FASUBRA (técnicos administrativos das universidades) já estão em greve desde o dia 28/05, movimento que forçou o governo federal a apresentar uma proposta, ainda que rebaixada. Cabe pontuar que a tentativa governista de judicializar a greve da FASUBRA foi improdutiva, pois o STJ julgou a greve legal e obrigou o governo a negociar em 10 dias. Até o sindicato “chapa branca” PROIFES tem indicado a greve como mecanismo de pressão sobre o governo.

Mas vale a pena entrarmos em greve agora?

Alguns colegas podem questionar: vale a pena entrarmos em greve a partir de agora?

Argumentamos que a greve nos proporciona melhores condições de debate político com a sociedade e entre nós mesmos, pela mobilização ocorrida em atos públicos, assembleias, fóruns nacionais etc. Além do mais, trata-se de uma questão de solidariedade com as demais entidades que iniciaram a luta pelas nossas pautas. Faz sentido ficarmos trabalhando como se nada estivesse acontecendo?

É importante lembrar que nossas últimas conquistas (reajuste salarial que variou de 20 a 30% - dependendo do nível da carreira em que o servidor se encontra, progressão DI-DIII e o RSC para docentes) foram decorrentes dos movimentos grevistas de 2011 e 2012. Portanto, obtivemos vitórias que nos permitiram respirar no último período. Entretanto, novas conquistas se fazem necessárias para que não corroboremos com o processo de sucateamento das carreiras docente e técnica administrativa em curso. A mobilização é importante também para avançarmos internamente, com pautas específicas a serem negociadas com diretor e reitor.

Como profissionais da educação, faz parte do nosso compromisso a luta por melhores condições de trabalho e pela ampliação do caráter público da educação em nosso país.

Veja clicando aqui o Quadro de Greve do SINASEFE Nacional 

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